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quinta-feira, 15 de março de 2018

PRUDENTOPOLIS - PR

03 / 02 / 2006

Esta foi a nossa primeira grande viagem... Ou melhor foi "A VIAGEM"!!!!
Não sabia nada de longas viagens de moto, não tinha o google maps que facilita muito a vida do motociclista para traçar a melhor rota, não sabia a necessidade de equipamentos de segurança, a unica coisa que um amigo nos falou, foi que a cada 150 km é bom parar e esticar as pernas para evitar câimbras e se hidratar.
Pois bem... dias antes comprei um mapa do Parana e tracei o roteiro, a bagagem seriam 3 mochilas uma amarrada na moto, eu com uma nas costas e a Gláucia com a outra, tudo isso numa moto super "confortável", uma CBR 450.
Vestíamos : camiseta, calça jeans, tênis e uma jaqueta velha de couro. Antes de subir na moto lembro que pensei : E SE CHOVER???? ... Sai correndo e peguei 3 capinha de chuva daquelas que se usa em campo de futebol e coloquei na mochila.
Nosso roteiro foi saímos de São Pedro, pegar a SP 304 ate São Manoel, Avaré, Itaí, Itararé, Jaguariaíva, Pirai do Sul, Castro, Ponta grossa, Prudentópolis...

Partimos ...
Logo cedo pegamos a estrada, rodamos 120 km e paramos perto de Avare para reabastecer e esticar as pernas, era tudo novidade e a emoção era grande... Foi tudo tranquilo ao passar Itaberá, sabia que tinha que pegar a direita, só que era um trevo e tinha varias saídas a direita, escolhi uma e entrei, apos alguns kms encontrei uma placa , SP 259, parei abri o mapa e verifiquei que estávamos na estrada errada, voltamos e mais adiante pegamos a SP 258, seguimos na mesma tocada , parando a cada 150 km para abastecer e nos hidratarmos.
Tudo estava como planejado, chegamos na divisa de SP com PR, muita emoção pois era a primeira vez que saímos do estado de SP de moto, Depois de Pirai do Sul parei no acostamento, a estrada era um retão que ligava uma montanha a outra e no topo da outra montanha estava tudo branco... Era uma big chuva que vinha em nossa direção, conversei com a Gláucia mas não tinha o que fazer, íamos pegar aquela chuvona... Descemos da moto procuramos algum lugar para nos brigar, mas não tinha, colocamos aquelas capinhas de chuva, coloquei uma na mochila que estava no bagageiro da moto e fomos em direção da chuva.
Era muita chuva, muita chuva mesmo, e era a primeira vez que pilotava a moto na chuva, diminui a velocidade e seguimos em frente, fiquei impressionado como a moto se portava bem naquela situação, a visibilidade era de uns 20 mts, um carro passou por nos e só deu para ver ele rodar na nossa frente e sair da estrada, como estávamos devagar não houve risco de acidente para nos, passamos pelo carro que ficou parado no acostamento e depois de uns 30 km encontramos um posto onde paramos.
Desemos da moto e fiquei impressionado com essas capinhas pois ela deixa a água entrar mas não deixa sair ou seja : nos a moto, as mochilas, tudo ensopado... Fomos na lanchonete tomas algo quente e conversando com o pessoal nos informaram que aquela chuva não ia parar tão cedo, sendo assim resolvemos seguir viagem e parar na próxima cidade que era Castro e ficava a uns 20 kms a frente.
Chegamos em Castro em baixo de chuva, pegamos um hotel na praça principal e nos acomodamos. A noite já não chovia, fomos comer uma pizza e voltamos para o hotel.
No dia seguinte o tempo estava firme mas nossas roupas bem molhas, seguimos ate Ponta Grossa e de lá para Prudentópolis. Foram 560 km que marcaram e modificaram as nossas vidas....

CHEGANDO NA DIVISA...